Eu vendo um DVD
Pra quê? Discos...
Também um HD
Mesmo porque
Nuvens não morrem
Como o curso dos rios
A comodidade das pontes
Nos videocassetes e K-7s.
Os meus disquetes...
Ter que ‘arjiar’.
U-Matic, Betamax,
VHS, Betacam, Super-V.
Nas fitas que gravei
Numa delas estava você
Nos lugares onde fomos
A outros cantos também
Hoje você já voou
E eu criei asas.
Gosto mesmo é de beber
Água da torneira;
Eu quero mesmo
Que tudo seja besteira.
Ser o que sou
E não ser quem eu vejo
A cada esquina, um beijo
A cada etapa, um novo tapa
A cada noite, um dia diferente
A cada passo, uma nova marca.
É infinita essa estrada.
Estamos nela... indo em frente.
Às vezes, sucumbindo.
Mas o rosto sempre sorrindo
Verdadeiro. Não aqueles toscos
Verdadeiro. Não aqueles toscos
Das paredes das redes sociais.
(Cristiano Jerônimo – 13.11.2018)
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