segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Guias dos rebentos (sem reclamar)



Rebentos,
Amor primordial
Drusas e ventos
Deuses e Deusas
Os afastem do mal

Rebentos,
Nossos guias
de pensamento
Nossas privações
Pelo amor maior
Das nossas vibrações
Implantadas em corações.

Rebentos,
São os netos da vovó que era mamãe
Da honra de um avô como meu pai
Sangue vermelho da seca do sertão
Eles até se pareciam há muito tempo
Como beatos dos filhos que crescem
A devoção eterna aos seus rebentos.

Rebentos,
Pertencem, com certeza, ao amanhã
Que não é nosso, que de nada duvidar
Entrelaçado em fúria espúria e vitoriosa
Há tudo o que nós não podemos mudar
E os laços eternos a se perpetuarem
Em cada olhar de amor ao próximo seu
Saber que, na verdade, nada disso é teu
A sabiá vai voltar com o pombo correio
Porque, se é pra fazer, seja sem reclamar.





(Cristiano Jerônimo°)

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