segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Os cegos


Eu busco sempre coisas

Que preenchem o vazio

Que é eterno e tem cio

Multiplica como filhos.

 

Coisas enchem e secam

Os sentimentos ecoam

Para eu parar de pensar

Os pensamentos voam.

 

Aquele queijo suíço

Nunca se completa

Tal a história do copo

Meio, cheio ou vazio?

 

Persigo coisas constantes

Destas que nunca findam

Aceleram o passo bastante

Vão protegendo e blindam.

 

O agora e o futuro animam

Independente do que seja,

Tudo o que a gente almeja

Quando os sinos badalam.

 

Nesta era de transmutação

Cegos não veem um palmo

Leem os salmos em braile

Outros enxergam e caem.

 

 

 (Cristiano Jerônimo – 20022021)

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