quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Viagem à face da terra



Depois da peneira do tempo,

Encontrei poucos amigos aqui

Pobres espíritos e gente de luz

São poucos, mas não importa.

 

Desde as salas de aulas da escola,

Das brincadeiras dos bairros antigos,

Dos amores mais viçosos e ardentes

Agora consigo entender os perigos.

 

Eu acelerei e gerei na alta tensão

E fiz ioga, relaxamento e meditação

Mas, se o que move a vida é a angústia,

Não precisamos de nenhuma presunção.

 

Não conseguimos prever um minuto à frente

E, às vezes, temos a petulância da antecipação.

O medo oculto de receber um falso perdão

De coisas que nós não somos os responsáveis.

 

O passado não atormenta; mas é muito procurado

O futuro não atende telefone e o presente é uma lei

Ninguém na face da terra pode ter a palavra de rei

Nosso medo invisível é um fantasma inanimado...

 

 

 (Cristiano Jerônimo – 24.02.2021 – Recife – PE)


"Nem tudo que parece ser, é. Porque o que realmente é, a gente não consegue ver".

"O essencial é invisível aos olhos".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pássaro colorido

  Esgotamos a possibilidade De sorrirmos lado a lado De saber o que é verdade Alma e corpo desnudados Soldados sem ter sentido F...