D |
entro, a imagem de arvoredos e varas vivas
verticais. Do outro lado, as varas mortas ao redor do meu curral. Entre
marmeleiros, juremas e voos de arribação. Na tigela, a autêntica coalhada com
massa de milho e fubá. Bem me lembro da umbuzada, das raspas do queijo de
manteiga derretido no tacho e a farinha de goma da serra, da casa de farinha de
lá. As cascas e as raízes e folhas das plantas de cura são postas num mesmo caldeirão e misturados à
água e ao açúcar. Aroeira, marmeleiro, quixaba, alcaçuz, hortelã da folha miúda e
da grande, malva, casca de romã seca, muçambê, casca de limão e folha de eucalipto.
Essa combinação é feita em fervura, com o acréscimo de 1kg de açúcar + meio
quilo até o líquido engrossar, para três litros de água. Sempre mexendo. Depois
de ferver bastante, desligar a panela e deixa-la tapada por duas horas com os
vegetais dentro, para apurar as substâncias medicinais. A consistência é
idêntica a do mel. No Nordeste é conhecido como lambedor ou garrafada (não
confundir com a versão alcoólica). Voltando ao lambedor do sumo de todas as
ervas que cozinhamos, então pegamos uma peneira grande e vamos coando na panela
para encher de mel de lambedor, garrafas pet ou de vidro, preferencialmente.
Lembrando que se espreme o material cozido para retirar o sumo do xarope. Depois
de esfriar, está ideal para o consumo. Duas colheres ao dia. Está ótimo! Boa
saúde!
Nenhum comentário:
Postar um comentário