Que horas
começa a noite
E termina
a madrugada?
Nuvens
esparsas brilham
Não sabe da viva nem nada.
Sem o mel nem a cabaça
Impedidos de ser livres
Vestidos com as carcaças
Sem clamar, misericórdia.
Sob o sol da Capadócia
No céu de nuvens esparsas
Mundo cruel de discórdias
Não invada as nossas casas.
Não
esconda os brinquedos
Nem
instrumentos de trabalho
Leve
embora os meus medos
Sirva em
casa de espantalho.
Atire a
primeira rosa de amor
Sem deixar
cair nenhuma pétala
Mande
para longe toda a dor
Algo que
para a gente não era.
Algo como
os vulcões e as águas
A terra
corrida e voada na vida
Desarmados
de todas as mágoas
Sem cicatriz
que lembre ferida.
A
possibilidade de viver pleno
A luta
por aquilo que nos satisfaz
Correndo
de todos os venenos
Abrigados
no alto das catedrais.
(Cristiano
Jerônimo – 24.09.2023)
Nenhum comentário:
Postar um comentário