segunda-feira, 26 de agosto de 2024

O ar e a gasolina no mar e na piscina


Quando somos empurrados pela vontade dos outros

Quando há alguém que facilita tudo, nos priva de ser

Nós nos enganamos e depois nos arrependemos

Desculpe o peso, o machado, a seca independência

Sucesso nos jornais que agora resistem em arquivos

A artista que fez arte, o compositor que se perdeu

Toda a glória que a circunstância, a paz não lhe deu

Com um martelo, um machado e uma foice aos vivos

Ninguém precisa de julgamentos nem mesmo de crivos

Nem de estigma político de ser evangélico ou viver ateu

Nas esquinas da vida, não há melhor ou pior do que eu

Somos divinos e pecadores enquanto estivermos vivos

Somos doces, salgados, azedos, cítricos; e substantivos

Com os adjetivos que nem os santos usaram e são seus

Com todos os meus; com os fariseus, filisteus e judeus

Guerra santa, onde se canta em nome de um “Deus”

A guerra fria continua entre os teus e os mesmos meus

A terra não chora só porque a gasolina pode se acabar

Ela só olha para a gente e pergunta: quais são os seus?

Suas alternativas para quando, na terra, a água acabar...

 


(Cristiano Jerônimo Valeriano – 24.08.2024 – Arcoverde/PE)

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