Quando somos empurrados pela vontade dos outros
Quando há alguém que facilita tudo, nos priva de ser
Nós nos enganamos
e depois nos arrependemos
Desculpe o
peso, o machado, a seca independência
Sucesso
nos jornais que agora resistem em arquivos
A artista
que fez arte, o compositor que se perdeu
Toda a
glória que a circunstância, a paz não lhe deu
Com um
martelo, um machado e uma foice aos vivos
Ninguém
precisa de julgamentos nem mesmo de crivos
Nem de
estigma político de ser evangélico ou viver ateu
Nas esquinas da vida, não há melhor ou pior do que eu
Somos
divinos e pecadores enquanto estivermos vivos
Somos doces,
salgados, azedos, cítricos; e substantivos
Com os
adjetivos que nem os santos usaram e são seus
Com todos os
meus; com os fariseus, filisteus e judeus
Guerra
santa, onde se canta em nome de um “Deus”
A guerra
fria continua entre os teus e os mesmos meus
A terra
não chora só porque a gasolina pode se acabar
Ela só
olha para a gente e pergunta: quais são os seus?
Suas
alternativas para quando, na terra, a água acabar...
(Cristiano Jerônimo Valeriano – 24.08.2024 – Arcoverde/PE)
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