Foi quando terminastes só
Que iniciastes outro rumo
Tantos graves acordes de dó
Com muros feitos sem prumo.
A tua letra ainda soa em mim
E a expressão que me afugenta
Leva-me pra longe, para Aurora
Aquela rua ainda era a tua casa
Quando eu vivia o dia de Angola.
Não vou dizer que meus 50 e pouco
Passaram velozes e sem desenganos
A madrugada é assim, gente voltando
O tempo dizendo que não vai demorar.
A juventude e a jovialidade estão em mim
Só assim não pareço ficar velho e esqueço
De tudo aquilo que para mim não convém
Nem teus laços de fita deixaram de ter fim
Nem os trilhos pararam de levar os trens.
(Cristiano Jerônimo –
28.10.2025)

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