Enigma das noites do sábado
Para onde vai o domingo azul.
Mesmo que você não saia,
Esteja de boa, sempre sorrindo;
E, por favor, nunca corra da raia.
Gatos e ratos na cidade fedorentos
Gente misturada no calor do calçadão
Alguém está querendo que eu vá lá
Assim ela sacode e explode o coração.
Ser sincera, um chiclete e um chocolate?
“O que é liberdade, na verdade é uma prisão”.
O céu é tão pequeno para quem não voa
Avenida de passeio toda pronta pra rolar
A calçada mal cuidada não permite acesso
Estamos vivendo um verdadeiro retrocesso.
Suja e mal cuidada na avenida beira-rio
Loira negra exalando um forte odor de cio
A madrugada da cidade é como play time
Madrugada no campo é como Santo Daime.
Ela roda, ela gira, ela pula em pleno casario;
Sua alegria expulsa o demônio e o desvario
Mas a boneca é à corda, e sempre que acorda,
Tem que dar outra corda na parte das costas.
Difícil é ver a corda andar sem engrenagem
Viver feliz diante de toda tosca sacanagem.
Ainda dar gratidão a Deus por não estar pior
Sob pena de, na vida, nunca mais ver este sol.
(Cristiano Jerônimo – 22.07.2018)
Nenhum comentário:
Postar um comentário