(Cristiano Jerônimo | Lula Côrtes)
O escuro azul, tão bonito
da abóboda estrelada...
contendo em si sóis
incontáveis
Pulsa calado e vivo
Em seu mistério eterno...
De uma indecifrável solidão
Intergaláctica...
No amedrontador
Da mais exata geometria,
Na qual, estrelas,
explosões
E planetas no absurdo mapa.
Sugere aos olhos
Dos homens curiosos
Um vazio maior
Que o mais vazio da alma...
E por milênios incontáveis
De incontáveis eras...
Na inimaginável constância
Da expansão eterna...
Os pobres de espírito,
Diante do infinito,
Implodem aturdidos
E se resumem à terra!
(Calheitas - 1993)
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