Desceu a
rua em desfile
Achou que
não era com ela
Depois do
aclive havia declive
Subia e
descia como passarela.
Acreditava
em subir nas árvores
Acreditava
em deitar no chão
Pensava saber
mais do que sabia,
Não estava
certa e ainda sem razão.
Em versos
livres libertários
Recitou
poemas e a plebe levantou
Arbitrou
jogos planetários
Levou
consigo o que sempre carregou.
O
reconhecimento da necessidade
De transpor
barreiras relativas
Ela andou
por toda a cidade
E achou
aquele tecido de chita.
Voou numa
asa delta imaginária
Da Caixa D’água
do Alto da Sé
Até a Cruz
do Patrão no Recife
Estuário
da cidade imaginária.
Sob quatro
camadas de aterros
A cidade
morreu e a gente vive nela
Nada vale
mais que um sossego
Café, e
pão francês com mortadela
Depois, uma goma de mascar com ela.
(Cristiano
Jerônimo – 17082021)
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