quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Anões de jardim


O poema é de feira

A cantiga é de roda

Ciranda das freiras

Nada lhes incomoda.

 

Violeiros de rua

Fazendo repente

A chuva e a lua

Brilhando na gente.

 

É embolada de feira

Morena matreira

Se liga no samba

É festa de bamba

Só dá para sambar.

 

O poema é mambembe

Também acadêmico

Popular de martelo alagoano

Tem Fulô, tem sicrano

e beltrano e fulano.

 

Se faltar gente na roça

Pode procurar no sul

desafios da vida nova

A ilusão de que és tu

Como os manequins,

Não pensa, se amostra

Enquanto os anões de jardim

Se fartam, riem e engordam.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 17112021)

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