Porque sou
poeta e amo a excentricidade
de umas
coisas que a outros não convém,
ando sempre
a incorrer na hostilidade
dos mil
cretinos que essa cidade tem.
Já as
mulheres, que pena,
muitas
detestam-me também.
É que eu
dou carinho, na verdade,
Mas não
enfeito pandeiro de ninguém.
Decerto
que não sou nenhum portento
Mas sei
que tenho um pouco de talento
E louvo a
Deus que altivo assim me fez.
Vós, se me
odiais pelas minhas mil venetas,
Deixai-me
em paz com as minhas costeletas,
Meu
cigarrinho aceso e meu perfume inglês.
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