Inconformados os artistas constroem suas imagens particulares da realidade. Contam histórias, cidades, homens, guerras, amores. Tarefa árdua de guerreiros, apaixonados. Palavra, tinta, carvão,sangue, luz, não importa o meio. Gabriel, Cervantes, Picasso, Homero, Joyce, Calvino, Lewis Carol, Fellini, imaginosos, deixaram Macondo, Quixotes, Guernicas, Alices.
Maximiano escolheu a palavra. Contou a dor do engenho de fogo morto, o retrato do seu avô na sala abandonada, a prima, o rio, a solidão. Contou o azul, o amarelo, o verde da cana. Contou as histórias sem fim da mata de Pernambuco, berço de vidas, experiências e sonhos particulares. Seu lugar de façanhas.
Contar é façanha de guerreiro, de artista apaixonado. Sua obra conta o que sonhou e viveu. Foi um domador de sonhos.
Fugindo da realidade cruel que o incomodava, Maximiano criou um mundo de sonhos, de onde tirava suas poesias, seus romances. Nos sonhos concretizados em suas obras ele domava a tirania, a fome, o desamor, a injustiça, a solidão. E amava, e vingava os injustiçados pelas mãos de um Antônio Braúna ou, num acesso de tristeza e solidão à procura de quem o escutasse, clamava como no conto “O Leitor”:
“Sou um domador de sonhos. Sou o guardião de uma loucura mansa, um profeta sem seguidores. Sou um revoltado contra as ditaduras que cultivam a tortura e que afogam todas as liberdades do mundo. Sou livre porque não temo arriscar a vida. Sou um palhaço que zomba das próprias desventuras. Sou herói de todas as guerras, e há muito que me sinto incapacitado para a paz que não conquistei. Sou um contemporâneo, um contemporâneo de todos vocês, um contemporâneo de um tempo difícil que serve de pasto para servidões, que só serão vencidas com o poder do sonho, lutando gritando alto que a liberdade que temos em nós é maior do que qualquer aparato de força dos tiranos. Sou um rebelado”.
O sonho é uma presença constante na obra de Maximiano que, entre a dimensão concreta e a onírica buscou o sentido da vida, buscou a sua verdade. Dava vida aos sonhos. Havia nele um estado fronteiriço entre a crueza da injustiça social e os seus sonhos quixotescos de domador/libertador que o levaram a produzir a riqueza literária que nos deixou como herança. Escritor autêntico, livre, destacou-se pela coragem com que defendia a liberdade, e sua obra, embora essencialmente nordestina, tem dimensões universais. Foi Sem Lei Nem Rei.
Ao completar sete anos, nesse mês de junho, o Instituto Maximiano Campos inaugura uma nova etapa em sua existência com diversas atividades sendo realizadas, dentre elas, a inauguração de um Memorial sobre o escritor e o lançamento do Prêmio Maximiano Campos Ano V.
Maximiano escolheu a palavra. Contou a dor do engenho de fogo morto, o retrato do seu avô na sala abandonada, a prima, o rio, a solidão. Contou o azul, o amarelo, o verde da cana. Contou as histórias sem fim da mata de Pernambuco, berço de vidas, experiências e sonhos particulares. Seu lugar de façanhas.
Contar é façanha de guerreiro, de artista apaixonado. Sua obra conta o que sonhou e viveu. Foi um domador de sonhos.
Fugindo da realidade cruel que o incomodava, Maximiano criou um mundo de sonhos, de onde tirava suas poesias, seus romances. Nos sonhos concretizados em suas obras ele domava a tirania, a fome, o desamor, a injustiça, a solidão. E amava, e vingava os injustiçados pelas mãos de um Antônio Braúna ou, num acesso de tristeza e solidão à procura de quem o escutasse, clamava como no conto “O Leitor”:
“Sou um domador de sonhos. Sou o guardião de uma loucura mansa, um profeta sem seguidores. Sou um revoltado contra as ditaduras que cultivam a tortura e que afogam todas as liberdades do mundo. Sou livre porque não temo arriscar a vida. Sou um palhaço que zomba das próprias desventuras. Sou herói de todas as guerras, e há muito que me sinto incapacitado para a paz que não conquistei. Sou um contemporâneo, um contemporâneo de todos vocês, um contemporâneo de um tempo difícil que serve de pasto para servidões, que só serão vencidas com o poder do sonho, lutando gritando alto que a liberdade que temos em nós é maior do que qualquer aparato de força dos tiranos. Sou um rebelado”.
O sonho é uma presença constante na obra de Maximiano que, entre a dimensão concreta e a onírica buscou o sentido da vida, buscou a sua verdade. Dava vida aos sonhos. Havia nele um estado fronteiriço entre a crueza da injustiça social e os seus sonhos quixotescos de domador/libertador que o levaram a produzir a riqueza literária que nos deixou como herança. Escritor autêntico, livre, destacou-se pela coragem com que defendia a liberdade, e sua obra, embora essencialmente nordestina, tem dimensões universais. Foi Sem Lei Nem Rei.
Ao completar sete anos, nesse mês de junho, o Instituto Maximiano Campos inaugura uma nova etapa em sua existência com diversas atividades sendo realizadas, dentre elas, a inauguração de um Memorial sobre o escritor e o lançamento do Prêmio Maximiano Campos Ano V.
Antônio Campos