A verdade é que não há nada demais
No que existe por trás do encantado
Esses dragões de fogo são forjados
No mundo que precisa ser mudado.
De seres mesquinhos e os outros lá fora
O asfalto leva à pista de novos caminhos
Estrada... Não canso de andar... Na hora
A mentira é que não houve carinhos.
As rodas de cores e as flores vermelhas
Num bordado de renda tão mágico
Como teias de aranhas e casa de abelhas
Seria tudo cômico se não fosse trágico.
O príncipe transformou a guerra em paz
Pra nunca mais ver tudo aquilo de novo
Sua vida não digeria tantos estorvos
E nós não daria o que não somos.
É muito fácil desviar por algum caminho
O olhar do sniper
diz tudo até o gatilho
Pólvora queimada não tem perdão ou motivo
Bala trocada também, porque não perde ninguém.
E os caramelos da infância dos lagartos
Os meus alvos, meus caros advogados,
Junto com víboras velhas de gabinetes
Não me deixem enclausurado ou cansado.
Não conte a ninguém,
Que o meu exército
Sofreu uma grande baixa
E é melhor eu seguir em paz,
Antes que a vida nos mate.
Não sabia que era a própria vida
Que matava naquelas batalhas
Cruéis e impiedosas entre humanos;
Entre eternos desumanos impérios.
(Cristiano Jerônimo –
13082021)