sexta-feira, 25 de maio de 2018

Bugados da olaria


Tive que ver tudo sentado
Entre as árvores da mente
Com todas as ramificações
Possíveis e imagináveis...
Como fecundar sementes
Saber esquivar os espinhos
Da jurema preta presente.

É que os dois polos do mundo
Travaram nervosos e bugados
(Servidor em estado de greve)
O satélite explodiu a nuvem
Do grande armazenamento
Do nosso enorme pensamento.

Digitalmente incorreto, ora.
Mas é o que se tem pra agora
Para o entardecer e cair do dia
E também para a incerta aurora
Sermos refeitos sem tanta demora
Do barro do forno quente da olaria



(Cristiano Jerônimo – 25.05.2018)

terça-feira, 22 de maio de 2018

amor & luta




Do alto da minha solidão
Eu olho para cima e vejo
O nosso amor e o coração.

Eu olho pros teus olhos
                               e não mais me vejo
Eu olho para os teus lábios
                               e não tem mais beijos.

Deitado e cansado,
Até a manhã despertar
Eu olho em você
A uniformidade fria.

Difere do papo desta cidade;
Onde há muitos filhos da pátria
E também muitos filhos da puta
Se engalfinhando nas disputas
Por uma generosa transação
E o dinheiro que do povo emana
Entrando pelo ralo da corrupção;
Vai e te afastas antes que mates
                                            mais.

Cavalo pronto e disposto,
Até o arrebol do entardecer,
Eu olho vocês
Suas uniformidades frias
Muito longe da cidade vazia.

Queríamos nós, ajudar.
Com agricultura e dinheiro,
Pecuária, bode e galinhas.

Mas só nos deram auxílio estiagem
Com o bolsa família
Mais o auxílio moradia.
Tem gente até que não quer
Trabalhar nem um dia.
Pois, no final, todos ajudamos
a pagar a conta eleitoral da covardia.

                                                                
                                                                (Cristiano Jerônimo – 19, 20 e 21.05.2018) | Recife | PE | BR | 





Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...