sexta-feira, 24 de junho de 2022

No entender dos bichos, efeito rebote


No entender do passarinho...

Quando sai para se alimentar

Ele não quer ficar no ninho

Sua meta é mesmo saber voar

Eles alimentam seus rebentos

São livres, pois comem escolhas

Não deixam filhotes no relento

Mas casulos ocultos sob as folhas

No entender do cachorro...

Ele não vive sem seu dono e casa

As fêmeas dão o colostro...

Fiéis ao dono até pisando em brasa.

No entender do gato...

Se não tiver comida em casa

Ele logo providencia na rua

Os gatos são desenrolados

No entender do iguana...

Tudo isso é desperdício

Ele come e bebe cana...

Pouco compromisso 

No entender do preguiça

As coisas são mais difíceis

Já que nenhum morreu

Nas árvores dos sítios...

No entender da cobra

A armação do bote...

A atenção que nos sobra

É para o efeito rebote...

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 24062022)

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Por mais


Por mais que a gente demonstre

Por mais que se declare

Quando dá tudo que pode

Ela não acredita em nada

Do que eu digo, faço e sinto


Do que queria fazer amanhã

No sentido mais figurado

Para a frente sendo o rumo.

 

Mas uma falsa âncora

Não permite que o barco

Vá além das próprias cordas

Que amarram a paixão

Que questionam o amor

Que não servem de nada.

 

São sofismas, falácias

São como sereias, ácidas

Que cantam e encantam

São ilusões, má presságio,

Que podem abalar prédios

Derrubar o vento agitado

Sendo um grão de areia

Em cima da serra virgem.

 

Não existe presente agora

Nem passado, nem futuro

Nem passado no presente

Sem máculas nos escuros

Está bem de mãos abertas

Elas fazem o que quiserem

Até concertar o coração dela!

 

 

(Cristiano Jerônimo – 23062022)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...