Aquele
anjinho bateu as asas
Percorreu os
seus caminhos
Que não os
mais sacrificavam
Que não
mais lhe davam ninho
Questão dele
não mais suportar
A
impotência e o tempo a correr
O alado Ícaro
com medo de voar.
Se eu fui
e voltei, eu volto de novo
Outra vez
uma dose de maturidade
A ciência
que movimenta a cidade
Difere da
que vem das minhas raízes
Quando somos
altas e belas árvores
Não gostamos
do frio das marquises
Inalamos o
ar que vem da fotossíntese
Sem a qual
as estrelas jamais viveriam
Simplesmente
porque não as veríamos.
Outro novo
endereço eu não sei onde é
O calor
tão frio das máquinas consome
Tanto seja
a mulher, quanto o homem
Eu também
sou um palhaço de um circo
sem futuro
Só não faço
mel; as abelhas não dão a receita
Tem um
monte de coisas que eu não faço
E uma
toneladas de outras nas quais mergulho
Aprendi a
não valorizar o nosso orgulho
Desatei desta
vida destemida vários laços.
Sei que
cavalos passam selados; já montei
Cavalos
selados sempre passam na estrada
É disto da
vida que quer se dizer o melhor
Para que
todos tenham as antenas ligadas
Longe do
escuro, com uma luz bem maior
Às vezes o
cavalo sou se tiver um ar equino
O meu leite
é o melhor; e vendo tanto couro
Meus
filhos, os meninos, meu maior tesouro
São pertencentes
a este novo prisma de olhar
Da tecnologia
a favor do agricultor e dos robôs
Da tecnologia
dominando as terras recompostas.
*No Sertão – com um pouco de esterco
de gado, terra arada, um fertilizante sadio, telas e estufas –, associado à
oferta de água, qualquer cultura é viável nas terras do sertão, mesmo que haja
lugares inóspitos para o plantio, assim como excelentes áreas planas e de
baixio para os cultivos. #desalinizeaagua
Cristiano
Jerônimo - Janeiro de 2020