quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Amor ajustador



Nosso tempo incontável

A nossa infinita magia

Aquele calor incontrolável

Sem ter data nem ter dia.

 

O tempo foi a revelação

A ânsia e a antecipação

Tremor de uma emoção

Passaram-se os dias.

 

Não tem o freio nem ré

No futuro apega-se à fé

O tempo é sua bússola

Para seguir nesta ação.

 

Que sol quente, tristeza

Partir, repartir os nervos

Ser quase sempre sóbrio

Antes podermos refletir.

 

Benvindos! Tranquilos...

Não vamos nos esquivar

A felicidade é dos dias

As incertezas da noite.

 

O ajustar dos amores

São templos frágeis

Sedentos de desejo

Tão inimagináveis.

 

Concordo contigo

Batida de tambores

Disparam o coração

Dos nossos amores

A nossa emoção

Busca se renovar

Cada giro do relógio.

 

Água parada cria lodo

Água corrente límpida

Se torna vida inconteste

Cuidado com o engodo

Cada um paga pela vida

e a caridade que oferece.

 

A coragem de se reinventar

Quantas vezes necessárias.

Vida na qual pagamos em dia,

honrando nossos antepassados

certeza de que o que bate, volta

Nem sempre a vida entorta o rabo

da porca, e muito querer é poder.

 

 

                                                                                        Cristiano Jerônimo – 18022021 – Recife/PE 

Fotos impressas

 



As melhores fotos

estão impressas

e guardadas,

pois copiamos,

imprimimos.

 

E um tempo

bem depois

já não são

as mesmas

também.

Exatamente

porque nós

não somos

os mesmos

também.

 

 

 

13-16.02.2001 – Cristiano Jerônimo ©

 

Cérebro animal

 


Quando hesitamos

Perdemos a força

da certeza da fé

e o seu santo poder

de ajudar a realizar

O que foi almejado.

 

Ao primeiro sinal

De luz e afirmativas;

Ao primeiro sinal

De fogo e fumaça

Atenções que faltam

Apenas expectativas

Sistema de recompensa

Do cérebro animal

Deste ser humano

Seu amplo pensar.

 

 

 13-16.02.2001 – Cristiano Jerônimo ©

Sombra de luz

 


No escuro

enxergamos

muito mais.

No claro,

ofuscamos

nosso olhar

ante a luz

do clarão.

 

Não tenhas

medo de ficar

sozinho.

Teu caminho

sabe onde

te encontrar.

Vá procurar.

 

Luz e avenida

chuvas de sol

glórias na vida

do nascer

ao arrebol.

Sem feridas;

apenas cicatrizes

da sobrevivência

e do tenro amor

pela vida e a paz.

 

 

 

13-16.02.2001 – Cristiano Jerônimo ©

Quarta que queima


Avenidas

GPS’s
O peito
Que cresce
Em avenidas
Bem retas
Rentes
Infinitas
Longitudes
Latitudes
Madalena
Mulher santa
Sobrevoando
A matéria
Adulta
Dona Efigênia
Augusta
Profana a rua
Sedenta
Chamam-na
De puta
Ela sobrevoa
Com amor
Atravessa
Pedras
E rochedos
Enxurradas
Verticalidade
Habitat insalubre
Altura e vertigem
Gás carbônico
E solução
De bateria
Muita energia
110 volts
Até a quarta
Queimar
A grande
Alegria
Do que
Nunca
Foi vazio.



13-16.02.2001 – Cristiano Jerônimo ©

 

  

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...