As almas que me resgataram
E tantas
outras que eu resgatei
Fazem
parte da minha essência
São dos
propósitos que plantei
Nesta
vida, especial e indelével
O rosto da
pessoa que é ilegível,
Incógnita
para Lévinas decifrar
Esse
humanismo da era espacial
E essa
ética na mística do dinheiro.
Contemplo
as estrelas cadentes
Do céu dos
meus olhos fechados
Constelações
e sóis dentro de mim
Eu vejo
quando escuto calado
E escuto
quando calo para ver
O
essencial está na irrealidade
A matéria
é um trampolim alado
A alma é a
partida e a chegada
Eu fico me
olhando, aqui ao lado
Somos
corações com pernas aladas.
(Cristiano Jerônimo – 16.06.2025)