segunda-feira, 16 de outubro de 2023

As feras que somos



O disco acaba e o samba segue solto

Começa a festa do pessoal do morro

Carne assada e sangue no pandeiro

Herança das senzalas e quilombos.

 

Tudo posto ali em nossas lisas mãos

Com a matéria e a essência do feliz

Vamos ver as incógnitas emoções

Para fazer o que você nunca quis.

 

Bem pior do que o último episódio

De uma série interessante da Netflix

Sem espaço para o rancor ou ódio

Pior do que o fim de um milk shake.

 

Aquele saboroso suco doce de limão

Na feira de frutas, coco e chimarrão

Como as noites estreladas do Sertão

Com a espada que herdei de Lampião

Espantei as onças e as feras que somos.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 16.10.2023)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...