segunda-feira, 29 de junho de 2020

Ode aos versos livres


(Cristiano Jerônimo – 200620)

Seja então o teu manto sagrado
A estrela movediça está ao lado
Procura pela rua, a tua felicidade
Nos becos, nas travessas da cidade.

Não encontra o remédio perfeito
Para driblar essa louca ansiedade
Carrega calada no fundo do peito
Mesmo na estrada, a não realidade.

Ruas de paralelepípedos brilhosos
Pensamentos de solos rochosos
E a mania de achar que melhorou
Depois da serra, o vento fria a vista.

Se fosse na linha do trem, eu ia
Descer em Irajaí, Riacho do Mel,
Uma estação ferroviária e vagão
No meio do meio do nada sertão.

Não tinha medo da sua esperança
Nem medo do amor de 'inhá' Maria
Só medo da criança e seu coração
Desfila no andor dos anjos em ação.

Essa fome abundante de telescópios
Fotografias de 24 milhões de anos-luz
É mesmo para se mudar daqui e partir
Acabar planetas certos de sermos felizes.



(Cristiano Jerônimo - 27072020 - Revisão)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...