Eu sou da terra dos yang’s
Velejo pelo misterioso mar
O sertão não tem mais água
Nem mais ninguém para regar
O fogo molda o lado do tempo
Líquido vivo que corre na grota
O fogo se alastra com o vento
Queima as solas das minhas botas
A fotossíntese foi programada
Para não dar trabalho a ninguém
A estrutura é toda automática
Contudo, tratada com desdém
Eu estou em território dos in’s
A equilibrar minhas antíteses
Que não têm meio nem fim
Rígidas como as marquises.
[Passei... Passsei por lá
Tava quente, calor de lascar
No outro lado,
a neblina e o frio
foram agasalhar].
(Cristiano Jerônimo – 01072022)