segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Veganos respirando CO2



Do sol... no ar...

Até chegar na pele rara

Até ver o carbono esquentar

Diluir a clorofila

Em motor a combustão

Óleo diesel lá na brisa

E negros olhos de ilusão.

 

Hey jovem, todos os plásticos

As tartarugas em milhares de linhas

Uma vida presa sem elásticos

Não dá para voltar correntes marinhas

Há séculos há uma conexão bizarra

Entre Europa, África e o antes do Brasil

Em vinte anos as geleiras vão derreter

Preferia uma guerra com eles e um fuzil

Do que ver o futuro dos meus filhos morrer

As tragadas dadas em monóxidos de carbono

Veganos terminam respirando a mesma gasolina.

 

Na cidade dos Arrecifes, a Bacia do Pina

O despejo dos rios e istmos da pele da cidade

A capital do dinheiro é uma réplica grande

De todos os níveis de indicadores sociais

Quanto mais prédios eu vejo, mais serras subo

Nos centros de classe alta ou nos subúrbios

A chapa quente cai para todo mundo por aqui

Os bandeirantes começaram toda essa putaria

De tirar tudo que é nosso e entregar para outros povos

Sem deixar uma cota de grão do “agro” no nosso prato.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 14112022 – São Paulo – SP)

 

Que seja com alegria!



O tanto que avistava verde

Avisto os prédios infinitos

Que não acabam nunca mais

O tráfego, o tráfico e o grito

A favela mais volumosa do caos

Na cidade símbolo do “cacau”

Onde estão os mapas do tesouro

Na qual estão inclusas as raças

Um sonho, miragem, realização

Muitos por longe da educação

Nem mesmo esmola nos sinais

Nos cruzamentos dos acampamentos

Camping de miséria que repulsa

Bem sucedidos e vagabundos

Sujeitos de vários mundos

As vocações do planeta que guiam

No fluxo da maré alta e da maré vazia

Há um tempo entre os dias

O qual nós não percebemos

São os momentos em que as coisas

Acontecem dentro da nossa mente

E somente nós, somente,

Podemos vê-las se materializar no pensamento

Os tiranos estão aquém das suas dificuldades

Mas não há preço que pague à espiritualidade

O hábito de estender a mão a todos, todos os dias

Seja mesmo na tristeza e que seja com alegria.

 

  

(Cristiano Jerônimo – 14112022 – São Paulo – SP)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...