quinta-feira, 7 de julho de 2022

O seu consumo



Acredite em mim

Se duvidar

Sou menos

Não sou

O que se possa

Imaginar

Sou mais

Do que muitos

para abraçar

E sou menos

Na humildade,

Palavra

Que não tentam

desencantar.

 

No ego

do domínio

sob vistas

do capital

Somos liberados

A ir e vir tolhidos

No cercado

Que nos cabe

Que não tem olhos

Nem ouvidos

Para ver o dos outros

Só para alimentar

O seu sonho de consumo.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 07/07/20223)

terça-feira, 5 de julho de 2022

Três sétimas


Numa estrada de água e fogo a águia rasa

Fareja as carcaças dos já que se perderam

O abutre que se nutre do gado agonizante

E os carcarás buscando pequenas presas

É o lado natural da evolução das espécies

O que morre nasce e todo o mundo cresce

Conserve as ações que lhe engrandecem.

 

Na frente da praia o oceano agoniza a dor

A dor dos plásticos e banhos de petróleo

Vendo a tristeza de ver e olhar nos olhos

O mar permanece tão belo e misterioso

Que nem a imensidão do grande colosso

Traz aos desalmados um pingo de amor

Os oceanos tendem a reagir com polvos.

 

Se os Andes derreterem a última metade

Quem vai alimentar a principal floresta;

De onde virão as pontes de hidrogênio

A desertificação dos solos geográficos

A terra girando em seu eixo contrário

Livrando-se das almas mais perniciosas

Se renovando como águia para voltar...

 

 

 (Cristiano Jerônimo – 05072022)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...