quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A pedra que jaz!



Bom dia!
Tem mais outro dia.
Tem o infinito também.

Bom dia!
Tem o mal espumando.
Há o que salve também.

Olá!
Eu queria mesmo te encontrar.
Só pra bater papo e conversar.

Quiçá!
Chegue o dia de andar na praia.
Sem ninguém correr da raia.

Até mais!
Eu só queria muita, muita paz; mas,
No calabouço, a pedra agora dorme e jaz.



(Cristiano Jerônimo - 15.09.2016)

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Genealogia da cidade

 
O dia amanheceu sorrindo, lindo
E as pessoas de papelão nem ligaram.
Passaram a noite em mais uma ilusão
E terminaram o outro dia igual ao outro.

Um já me disse que um barraco custa caro
E onde morava não tinha a quem pedir...
Ouviu falar em emprego, não sabia ler;
Queria mandar uma carta, sem escrever.

Escrever que a família mandasse passagem
Para ele voltar de uma desastrosa viagem,
Com gosto de deserto e um oásis de vertigem.
Mofo, poeira, poluição do nosso ar e fuligem.

Outros se jogaram no abismo da Duque de Caxias
E não se deram conta que era a própria vida que jazia.
Todos os outros estão no trabalho e em seus afazeres;
Com cara de segunda-feira e seus profundos quereres...


(Cristiano Jerônimo - 12.09.2016)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...