quarta-feira, 1 de junho de 2022

Dízima periódica da fé


As chuvas dos meus olhos

Que engoli na minha seca

Derramei meu coração

Para curar a nossa ferida

No alto do brejo molhado

Tangi o meu gado pra lá

E entre os automóveis

Fumaças pintam e matam

Soldados com uniformes

Que na guerra maltratam

Os que ainda vão matar.

 

Duelo primitivo do poder

Mitológico como a paz

Tal a Caixa de Pandora

Dizemos: vai melhorar!

Essa sina, chacina, gás

Líder orientado pelo mal

Falsos profetas e mais

Fascistas da igreja tal

Fascistas da igreja qual

Graças dadas em cash

Cada vez dízimos mais.

 

Dízima periódica da fé

Chuva, seca e poeira

Meus olhos castanhos

Os hábitos “estranhos”

Dos pobres de espírito

Como as suas pazes

Em tudo o que fazem

Tem algo para retornar

Somos goleiros da vida

Decidida nos pênaltis

Resultados só final da partida.

 

(Cristiano Jerônimo – 01062022)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...