segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Tão somente...



Silêncio!

A voz que fala é a que cala

A voz que cala é a que falta

Tão somente...

 

Papel estêncil

As intenções intentadas

As florestas mal curadas

As conexões inusitadas.

 

Puxa o gatilho da vida

Um alvo não traz conforto

O silêncio é ensurdecedor

O que vem depois do topo.

 

Uma vida e mais um sopro

Uma inexplicável alegria

Que explica coisas da vida

Visões do que aconteceria.

 

Somos barcos, não carros

No mar os ventos nos fazem mudar

No asfalto a água não vai penetrar

Rios subterrâneos, canais de esgotos.

 

Alagamento onde foi feito para alagar

Desabamento onde deixaram desmoronar

Barragens de rejeitos rios afora até o mar

Petróleo que mata a costa sem se rastrear.

 

Fala!

A voz que fala não cala

A voz que cala não mata

Tão somente...


(Cristiano Jerônimo – 27122021)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...