Silêncio!
A voz que
fala é a que cala
A voz que
cala é a que falta
Tão
somente...
Papel
estêncil
As intenções
intentadas
As florestas
mal curadas
As
conexões inusitadas.
Puxa o
gatilho da vida
Um alvo
não traz conforto
O silêncio
é ensurdecedor
O que vem
depois do topo.
Uma vida e
mais um sopro
Uma
inexplicável alegria
Que
explica coisas da vida
Visões do
que aconteceria.
Somos
barcos, não carros
No mar os
ventos nos fazem mudar
No asfalto
a água não vai penetrar
Rios
subterrâneos, canais de esgotos.
Alagamento
onde foi feito para alagar
Desabamento
onde deixaram desmoronar
Barragens
de rejeitos rios afora até o mar
Petróleo
que mata a costa sem se rastrear.
Fala!
A voz que
fala não cala
A voz que
cala não mata
Tão
somente...
(Cristiano
Jerônimo – 27122021)