quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Martelo do engano do trovão



A chegada de Putin no paraíso foi um alvo de muito protesto

Queria provar que era boa gente, religioso e até honesto

Mas os anjos tocaram as cornetas como sons de raios e trovões

Amiudado, conseguia perceber o homem com vários corações

Um tirano a mais, um tirano a menos, eles sempre irão morrer

Cravado que nem chumbo nas manchetes das páginas dos jornais

Putin foi levado à presença do temível e terrível homem-satanás

Havia bastante vodka na mesa, charuto cubano, tudo uma beleza

O diabo ocupou a Rússia, a Ucrânia e a britânica realeza

Veio o vento da Hora, um ciclone passou bem no meio do Kremlin

Voltou ao pedestal a estátua de Marx e a intacta múmia de Lenin

Até que o tinhoso teve um encontro inesperado com Joseph Stalin

Aí o pau cantou, o diabo agonizou, foi lapada para tudo que era lado

Mas tudo aquilo que se pensou que era conquista, era pura mentira

Um engano inventado para te vender e acumular os teus capitais

Um bando de deputados preocupados em saber onde tem mais

A emenda rachadinha do verso erudito dos políticos que vivem lá

Balcão de negócios por cima do erário. Era para ser pelo contrário

Mas também nosso eleitor faz questão de vestir a camisa de otário

Todo orgulhoso e cheirando à gabiru que depois virou uma catita

Atrapalharam-se e omitiram-se da morte de tantas vidas queridas

Armaram uma população não preparada para duelar com ladrões

Puro lobby da indústria armamentista, da indústria bélica e o caos

Sinto que se aproxima uma hecatombe natural com fim de filme

Pode ser que a terra acabe, pode ser que viva, mas nunca perdoará

Todos aqueles que mataram nossos índios e as nossas patativas

O cigano do mercúrio mostrando que ouro vale mais do que tudo

O pasto e a vasta plantação não podem entrar na nossa floresta

De terra grilada, tomada à força e índios dizimados no nosso país

Quanto à Putin, até do mapa ele sumiu; ficou incomunicável

Enquanto sua mente servir de guerra, seu final... é lamentável.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 13.09.2022)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...