O
marco zero é um local de chegada
De
onde saí para molhar teus lábios
Com
o voo que alou as nossas vidas
Na
busca pelo lado alado e mais alto.
A
vertigem do imã do centro do amor
O
querer por demais e às vezes não ter
A
memória do açúcar e do sal na flor
O
diário escrito para sempre te querer.
É
muito tempo, para ficar tão calado
E
falar com a tônica de quem escreve
O
nosso ninho não foi contaminado
Sabemos
do que pode e do que serve.
Durante
essa semana tem novena
Tem
batuque lá no morro e orixás
Cada
templo com a própria cena
Sem
distinção de bons nem de maus.
Que
o Universo traga só paz
E
o Espírito Santo ampare
Nas
noites escuras
E
nós o Glorifiquemos
Emanando
a sua luz
Sobre
essas almas
Tão
frágeis
Muito
grandiosas
Mãos
carinhosas.
O marco zero é um local de partida
De onde saí para meus lábios secar
Só lembro as chegadas, não as partidas
De tudo que se pode se viver e se amar.
(Cristiano
Jerônimo – 09102023)