As lágrimas de agosto são pingos doces
Trazem o céu azul e a estação das flores
Colibris coloridos encantam na estação
Preconizando a seca quente dos sertões
São as estações ciclotímicas do universo
Do meu peito, francamente, de menino
Uma mulher ninja esconde a natureza
Junto com um lobo que bebe na lagoa
Se banha no riacho dos olhos d’águas.
Toda estrada já viu alguém passar vivo
Elas também foram testemunhas do fim
O arco-íris surge no casamento da raposa
As folhas que caem no outono são assim
Uma fotossíntese pede socorro no jardim
Tudo se reconstrói se houver consciência
Um copo de vinho não é um copo de uva
Gato caça meio de arrumar sobrevivência
Os sorrisos de agosto são mais molhados
Nunca mais, por favor, se sinta arrependida
Só o que nos falta é o que não foi vivenciado.
(Cristiano Jerônimo – 07.09.2025)