terça-feira, 3 de junho de 2025

A mente e a alma da praia e do mar

 




Uma mulher que corre na praia menina

traz o azul verde do mar no seu rosto

além da suave cor, a alma tão vasta

como são as cores dos arrecifes de corais.

 

Ela traz poemas nos olhos e no coração

Após a fala, ela quando para ouvir o mar

como se o oceano nunca tivesse um final;

sonhos enchem e secam com as emoções.

 

Quantas fostes no mesmo trecho de areia

Que separa o teu continente do teu mar

Caminhando em vários ritmos compassos

Da praia onde fostes feliz e triste também.

 

Pois tu és o oceano de ti mesma nos olhos

Tão grande compaixão da tua alma que sai

Para abarcar as conchas; os seres humanos

Penso que caminhas cada vez muito mais...

 

 

(Cristiano Jerônimo – 03.06.2025)

segunda-feira, 2 de junho de 2025

A menina

 


Alô, alô Betina, a estrela Martinelli, Pretinha e Adriana

O céu de julho volta logo, na próxima semana

Fala aí, Janaína; a Andréa não voltará da Europa

Alô Joana, em Olinda há ainda mais nove ciganas

Na sacada da Sé da Bahia e na Sé de São Paulo

No interior da Paraíba existe pés de dinossauros

Na Rua da Aurora, a noite é uma menina que goza

A Paulista tem um túnel e há vida fecunda sob ela

Com quatro graus, o frio no bico do peito da velha donzela

A menina correu tocando violino e voou com o menino

Não há espera!



(Cristiano Jerônimo - 02.06.2025)

domingo, 1 de junho de 2025

Andar descalça



Tu gostas da liberdade

Ela é muito, muito mais

Porque não deixas fluir?

Porque não deixas mostrar?

Que o mundo muda sempre

O mundo sempre vai mudar.

 

Agora ali, lá por dentro,

Encorajas a ti mesmo

Porque lá se reconstrói

O forte da sua segurança

Com ele, tu fostes criança

Sem relativizar tua dor e amor.

 

Entendas o que é eterno

E o que no outro dia acaba

Responsabilidade de todos

Nosso usufruto vitalício

As virtudes e os vícios tragam

E completam novos auspícios.

 

As adversidades da vida

São como aquelas feridas

Que vêm e que passam

Pois não é todo dia

Que se brinca no chão

Nem que se pode, à toa,

Andar descalça ao mar

Olhando o voo do avião.

 

(Cristiano Jerônimo – 01.06.2025)

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Lula Côrtes e Cristiano Jerônimo pintando a poesia Cristiano Jerônimo é poeta, compositor e jornalista   No aniversário de cinco anos do Flo...