sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Episódios de Maria Filomena



E Marinaldo, Odacir e Seu Geraldo
Botaram a ema pra gemer...

Eu perguntei a Dona Flôr
Qual era o segredo do amor...

Ela me disse que não tem preço,
E reside em qualquer endereço...

Então vamos pra uma dança de forró
Num maracatu batendo virado...

Festa de carne com sabor de pecado
Numa ilha que habita o meio do mar...

Filomena, figura conhecida de todos aqui,
Mostrou a dança e a criança que há em mim.



(Cristiano Jerônimo – 05102018)

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Os dias não morrem



Matar os dias
Não é vivê-los.
Todos trazem
Tudo o que podem.
Belos cabedelos,
Espíritos eclodem.
Eriçam os pelos
Pela nobre ordem.
Labirinto de cabelos
Essenciais na loita.
Quando eu me acalmo
No veludo dos teus pelos.






(Cristiano Jerônimo)

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Meu maior inimigo: eu mesmo




Eu sempre gostei de letras de música. Como se eu não tivesse visto e ouvido besteiras. Eu sempre gostei da catalisação da alma. Entendo que a música transporta e edifica o nosso estado de espírito, quando a sua plenitude se infunde no fundo da alma. Não importa o ritmo nem os arranjos. “Tudo o que move é sagrado”. Eu era diferente e tinha uma inteligência muito privilegiada, mas que me ajudou a mergulhar em ilusões de caminhos que foram difíceis para me reencontrar. Eu devorava ocultismo em 1989. A tábua do acelerador era o céu. Céu que cai. E você se levanta e vê o poder da ilusão. O poder de você sobre você mesmo, como num duelo de duas partes. O monstro não habita na distância, mas no interior da arrogância. Tudo egoísmo, raiz profunda de todos os males. Oxalá, os corações serenos e mansos que estão com um pé no degrau da vida. E eu gostaria muito de poder subir junto, vencendo o meu maior inimigo: eu mesmo.

Sistema social



No cais do caos
Uma mulher com lenço
Abana para um marinheiro
Que seu foi tempos atrás.

Entre ruínas remendadas
Cultura e memória do cais
Do movimento que gira
A roda fria da fortuna.

Que é sempre oportuna
Perigosa como cascavel
Não se bota nada no papel
Nem se deixa registrar.

Metade da floresta já é de pasto
Amazônia brasileira é um desastre;
Querem vender, matar e extinguir.
Não farei de conta que eu não vi.

E, mesmo fazendo toda a sua parte,
O colibri não vai apagar o incêndio.
A história é muito "salutar" e "bonita"
Talvez por isso que o povo não grita.


(Cristiano Jerônimo – 01102018)

Vamos conversar

Pela primeira vez, Vamos conversar Nossos diálogos Sem monólogos Ouvir a alma da voz Se precisar explicar Que fiquei sem saber...