quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Dropes de hortelã




Sou sertanejo vagabundo

A alegria do meu mundo

Vai sempre se renovar

Os confeitos de Alzira

Os doces da minha avó

Os chicletes tatuagens

Pirulitos com sabor em pó

Como sertanejo do mato

Descobri que o que tinha

Era o que eu não queria mais

Como o chiclete de Clarice

Não valeria mais apenas

Ter o prazer de tomar

O cálice do vinho

Para aliviar o desprazer

Do nosso caminho

E, se o vinho não valesse

Mais a pena,

Por poder ser infinito

A saciedade do homem

Inocente

Que se entregou

À prisão do grito

E o homem sábio

Da eterna superação

Gosto de drops de hortelã.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 03012024)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...