Muito além do psicólogo analista,
não quero
falar apenas de coisas boas
com
pessoas amadas.
Na felicidade,
quero comentar a incompletude da vida,
a
inconsistência da maioria das relações humanas;
o vazio
que aterrisa com velocidade no peito;
o lado que
a moeda não tem cunhado;
a vida que
precisa de vida para ter sentido;
o sentido
que não mora sempre ao lado;
o futuro
que a ansiedade nos consome;
um sopro
que nos empurra e outro que paralisa;
a roda que
sobe e desce num eterno girar...
Para lá do
padre, do pastor, do rabino, do budista,
o Paramatma individual não tem dono,
senão o
grande Uno;
uma parte
divina que habita dentro de todos nós;
as
escrituras que herdamos dos profetas;
os
escritos resistentes assinados por poetas;
as portas
abertas dos sertões das nossas almas;
as
comportas das represas vertem água...
(Cristiano Jerônimo Valeriano – 17.08.2025)