Entre os prédios estão os pássaros
Entre o vento o estático tempo
No tudo, o outro lado do nada
Na glória, a Deus todos os ventos.
Entre avenidas existe um belo mar
Um lugar para se sonhar de verdade
Sentir o sabor da nossa realidade
Acabar na terra esta vã iniquidade.
Entre as cidades há alguma lacuna
Nas esquinas e rodagens é que se vai
Para ajudar a levantar aquele que cai
Ajudar a erguer os pilares e as colunas.
Entre os becos, todo dia é de feira
Colocamos no saco o que queremos
Uma pena que muitos não queiram
Algo maior, que nós construiremos!
Da ofensa e do ofendido, a lembrança
Atrás das mágoas alimentam o nada
Eu sei bem que o tempo não espera
Mas, eu também não espero o nada.
(Cristiano Jerônimo - 21052021)