Janelas
fechadas abertas
Portas
trancadas sem chave
Vento que
entra nas frestas
Leve a
solidão que não cabe
Muro
quebrado sem pedras
Praias de
águas nas areias
Represados
rios que vieram
Açudes
parados que foram
Flores
abertas que abriram
Companhias
eternas partiram
Ausentes
lembranças ficaram
Rodovias
sem vias de acesso
Estradas
de barro com aviões
Flechas
gostosas nos corações
Amor
ausente que se espalha
O presente
do passado ganho
O olhar
absurdo do estranho
E a boa
mágica de se encantar.
(Cristiano
Jerônimo – 22.05.2025)