sexta-feira, 4 de junho de 2021

Tem sido assim há milhares de anos...


Não deixem que o pessimismo

a dor do passado se entranhe.

Se liberte da insegurança vã

que quase te coloca no divã.


Ótimo que só depende de um

aquele que será cobrado

pelos resultados alcançados

Sem haver problema algum.


Matar a fome de pessoas

Ser próspero no seu foco

Insistir em ter boas coisas

E saber para que vai usar.


Assim, conseguimos as coisas

A mente emana para o universo

Depois de criar, ela projeta

e depois de projetar, se concretiza.


Há milhares de anos...








(Cristiano Jerônimo - 04.06.2021)


Hesitação II





Eu dou as pistas sem querer

Está quente, está frio, vai saber.


Não procure o porque, mas aonde;

Até onde você quer ter e continuar.



(CJ - 04062021)

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Hesitação, não.


Escuto a Hora do Brasil

neste início de noite quente

misturando as nuvens

com o céu escuro de anil


Tudo que mais me ponha

seguro à frente das rédeas

sem nada que embace

as cores do meu dia a dia.


Saio do quintal úmido

nos dias de sol com frio

lembro que só dá

para seguir em frente.


às vezes como barco

às vezes como o rio

Se preciso desembarco

Na estação do desafio.


Acelero o motor da vida

A propulsão da superação

Tudo está na minha medida

Tudo está na palma da mão.


Acreditar sem hesitar é ter fé

As coisas podem ser concedidas

sem pensarmos como chegar

à plenitude estado de uma ida

que não se mede pela ciência.


As coisas que nos dá a natureza

não são meras tolices ou ilusões

aquilo que pedimos na grandeza

das nossas metas, nas realizações.


Não há medo do caos e do absurdo

já estive bem perto do ovo cósmico

e voltei com a força de um vulcão

nitroglicerina numa grande explosão.


Escuto agora o baque das ondas rolar

os coqueiros dizem a direção do vento

se hesitar, silencio a partilha do alvo

se vacilar, eu nunca serei são e salvo.


Desejo aos seres, mais amor e fartura

e que nunca deixem que seus medos

bloqueiem o que realmente almejam

Pensamento que atrai, às vezes repulsa.


Tudo no wi-fi da loja de conveniência

Na conexão de rede daquela cafeteria

Abundância em mim por toda a terra

Trabalho, sucesso, caridade e alegria.


(Cristiano Jerônimo - 03.06.2021 - Recife)


ADENDO

Dicionário Aurélio

Hesitar

verbo

1.

transitivo indireto e intransitivo

Ficar em estado de irresolução, incerteza, perplexidade.

"h. entre o bem e o mal"

2.

transitivo direto e transitivo indireto

Demonstrar dúvida sobre; não estar ou não se mostrar seguro; duvidar, vacilar.

"hesitou castigar o filho travesso"

Perfeitamente simples



Farofa de raspa de queijo de manteiga

Bode assado pra comer todos os dias

Nos braços de uma moça linda e meiga

No cavalgar de tão distantes romarias.


Queijo de coalho com o melaço da cana

Tem no outro dia um tatu ou um coelho

Quando o fogo sobe labaredas, emanam

Histórias enroladas em linhas de novelos.


Farinha de mandioca na casa de lenha

Goma decantada para as massas fartas

Os homens trabalhando suas resenhas

No alto da serra, alto, no meio da mata.


Bater feijão e peneirar no chão de terra

o vento vai levando a poeira e as pedras

Jerimum de leite, melancia e macaxeira

Cardápios formados ao longo das eras.


Dirigir carro de boi desde a infância tenra

correr riacho com a cheia, a tromba d'água

Carrear os pensamentos no meio da estrada

Analisar o ser que todo mundo olha e pensa.


Dirijo automóveis, vivo de computadores

Do analógico, eu vivo o mundo do digital

Do óptico, magnífico passado, de flores

tudo aquilo que nos proteja do nosso mau.


Sou do mato e esta cidade beija minha boca

encontro abrigo na morada da menina bela

Para construir uma coisa que não é tão pouca

Desenhar o mundo perfeito na tela da aquarela.




(Cristiano Jerônimo - 02.06.2021 - 22h12)

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Bola na rede



Dedico a Andréa Pereira


Ah! Essa mania

de pensar

e de escrever

o que está

explícito

e ninguém vê.


Não seria agora

a hora de cansar

a realidade alimenta

Desde os anos oitenta

o evidente meio de caça

vestindo outra armadura

voo leve que ultrapassa.


Ah! Essa saudade

de sentar e deitar

e de registrar

a nossa cumplicidade

Faz muitos pensamentos

Traz mais o firmamento

para sermos gigantes

felizes, solidários,

Da vida, estudantes.


Ah! Esse prazer

memorável em cenas

me faz saber

me faz com que nada tema

no campo da vida

num canto da vila

há sempre um luar

uma bola de gude

e um lugar para amar.



(Cristiano Jerônimo - 02062021)

Ato contínuo...



Eu vim de lá

do lado de lá

e se vim pra cá

eu devo saber.


Sei bem confiar

na força maior

se eu vim pra cá

podia ter algo pior.


Aqui de passageiro

olhando ser humano

se vendo no espelho

desfazendo engano.


Sou fruto da terra

minha semente

nunca encerra,

eu vou na frente.


Às vezes dá saco

com tudo que há;

Noutras eu paro,

Amo para pensar.


Pensamento cria

segue a intuição;

quando vê o dia

vai-se a escuridão.


Caminhos vastos

não fazem temer

poeira nem pastos;

me fazem crescer.


Como onça na serra

Como bode perdido

Como águia da terra

Posso ser escolhido.


Meu caminho leve

não tem um preço

correnteza carregue

o que não mereço.


Lavo a alma novamente

Refresco meu eu no sol

Faço o sentido ter calma

Sozinho desato o meu nó.


As minhas companhias

são definidas por mim

Embora quem confia

Vai saber dizer um sim.


Mas não 'dependo' mais

de mim nem dos outros;

Só esse vício contumaz

Anotar versos em blocos.


Tentar dizer repetindo

apadrinhando o mundo

e sofrendo como a mãe

desolada e esperançosa.


Não existe luz preguiçosa

Nem vento que vente em vão

Nem cometa que passe errado

Nem inverno na seca do sertão.


Paranormal sem querer ser

Buscando os sentidos do saber

Se vai no fundo de si entender

Para usar e fazer ajudar crescer.


Tudo com complexos seres mortais

O Cosmo emana aquilo que precisa

Cabível que se aprenda muito mais

E ainda saberemos pouco desta vida.




(Cristiano Jerônimo - 01.06.2021)

terça-feira, 1 de junho de 2021

Reminiscência


Faltou ver um homem de pernas gigantes

Suas máquinas, espaçonaves do universo

A ligação dos vestígios de milênios antes

Ajuda a expressar tudo isso em versos.


Faltou a mulher de pedra que olhou pra trás

veio um vento gelado no suor do corpo inteiro

Duas curiosas querendo saber o que você faz

A limpeza dos ventos molhando a alma, cheiro.


Mostrou o quanto o Universo é abundante, tudo

Tudo que quisermos termos, temos por toda Lei

Por ventura, se há sombras no pensar inteligível,

Nunca posso dizer que sei do que muda constante.


Não faltou coragem para vencer o medo de transpor

Disse que todos os obstáculos, por hora, eram livres

Um caminho de Providência me leva a ficar contigo

Uma estrada de Abundância semeada por pássaros.


Doar-se um pouco para aqueles que precisam

Ser mais que pessoa, exercitando ser gente

Como sempre buscamos ser e todos digam:

Um crescimento sempre constante e perene.


(Cristiano Jerônimo - 01062021)

Quem mandou botar o óleo?


Tem bodes na serra

e sangue no asfalto

Comendo a terra

sob sete palmos.


O povo reprimido

sessenta e quatro

Dois olhos perdidos

Sessenta e quatro.


Em pleno os 2.000

Rumores tiranos

Com seus enganos

Eterno 1º de Abril.


Há peixes de cores

nos corais do Brasil

Há muito petróleo

ninguém nunca viu.


Tempos de direitos

incertos e de tensão

Retrocesso no futuro

No futuro da Nação.


Recebidos a borracha

e pimenta nos olhos

O que estes PMs acham?

Quem mandou botar óleo?



(Cristiano Jerônimo - Recife - 01062021)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...