sábado, 6 de março de 2021

Escada que desce é escada que sobe

 


A dor social machuca muito o mundo inteiro

Os desníveis dos campos ofendem a maioria

O desdém desnecessário do falso timoneiro

A diversidade da cidade e todo seu dia a dia.

 

Não é exatamente aquilo que muitos queriam

Parece muito mais que muitos poucos sabem

Poucos têm o poder esmagador para subjugar

Sugam da maioria uma parte que não lhes cabe.

 

Diante da falta de conhecimento, lotam templos

Em busca de tudo, exceto o autoconhecimento

É dinheiro, emprego, cura, a usura e o desamor

A falta de respostas e compreensão da realidade.

 

A Era de Aquarius em sua viagem nos traga paz

A transição ajuda a nos transformarmos rápido

A procurar os caminhos de vida mais sábios

Manter acesas as chamas da Luz, Vida e Amor.

 

A terra está agora fechada, mas vai logo reabrir

Não é o fim do mundo, mas é meio parecido

Nosso sistema tem auto reinício, para poucos

A escada que serve para descer, é feita para subir.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 06032021)

 

sexta-feira, 5 de março de 2021

As máquinas dos tiranos



A equipe agora é um computador

É a nova escravidão deste mundo

Tudo muda muito a cada segundo

Só não criaram remédio para a dor,

Daquelas que os remédios físicos

Não conseguem aplacar; só aliviam

A impessoalidade do atendimento

Que nos é dispensado pelos SACs

É parecida com o ‘post’ de destaque

Frio como as máquinas dos tiranos

O sorriso largo de um mundo feliz

Como assim? Os magos explicam

A ilusão da matéria tão cotidiana

Em função de sérios algoritmos

Dançando em todos os ritmos

A oferta vai entrando no seu mundo

Tudo muda bastante num segundo

É quando a gente resolve engolir

A publicidade das coisas disponíveis

No mercado central não, na avenida

Numa escalada de evolução infinita

Cores e luzes do centro de compras

Cada um com a roupa mais bonita

Outro caminho para as nossas vidas.

A estrada é comprida...

 

 

(Cristiano Jerônimo – 05032020)


quinta-feira, 4 de março de 2021

Yin & Yang urbano digital


Vidas são ‘assins’, diferentes

Carga genética, gen, digital

As ondas do bem e do mal

No frio e no calor ardente.

 

Uma couraça de ouro puro

Mais dura do que diamante

Faz mais forte do que ontem

O que antes vivia em apuros.

 

Mais forte, protegido à bênção

Mais frágil, para poder refletir

Mais ágil, pois vai ter que reagir

Transpor toda essa alta tensão.

 

Acalmemo-nos, o mundo vive

Independente das diferenças

Alguns inúteis avanços da ciência

Que aumentam o nosso desnível.

 

Uma onda fraterna paira no ar

Não há mais tempo para chorar

Olhar nos olhos, às vezes foge

Porque não sabemos, ao certo,

Aonde quereremos de fato chegar.

 

(Cristiano Jerônimo – 03.03.21)

quarta-feira, 3 de março de 2021

As malas estão dentro de você

 


Cada planta procurando o seu sol

Cada um se perguntando pelo céu

Ora sombras, umas outras girassóis

Os amargos da boca esperando o mel.

 

As agruras da vida apuram em água

Moléculas invisíveis inacreditáveis

A sujeira que evapora volta limpa

Assim o Universo foi concebido

Os homens usaram e desfaleceram

A face da terra, desconfiguraram-na.

 

A loucura sincera, cruel, é questionável

A lucidez sórdida que mata, aleija e dói

Impede o sucesso do que se constrói

A distância que afasta, se aproxima

E os canhões de pombas brancas

Injetam na praia uma revoada azul

Aves migratórias voam para o sul

Milhares de quilômetros em busca

De tempo bom para acasalar e viver

É mais simples do que pensamos.

 

Eu não gosto de pessoas tiranas

Acho-as tão perniciosas insanas.

 


 

(Cristiano Jerônimo – 030321)

segunda-feira, 1 de março de 2021

Verdades da vida (mutantes, somos estradas compridas)


 

Nem mesmo o Roberto Carlos

Nem também o bom Erasmo

Conseguiriam contemplar

O que eu sinto, penso e sou.

 

Nem também os profetas,

Filósofos e os intelectuais;

Se eu não consigo expressar

O que sou e tudo o que sinto.

 

Eu desconfio para confiar

Confio para poder contar

Com as verdades da vida;

Talvez as encontre por lá.

 

Mas nem o Roberto Carlos

Nem mesmo o Erasmo sabe

Do sentimento mais profundo

Cuja digital é muito particular.

 

Essa canção é tal uma criança

Entra na dança para aprender

A dançar e a “rebolar” na vida

Saber que a rota é comprida.

 

Seguindo para a eternidade

Pensemos o que é um ruim

Ante a eternidade do tempo;

Os ciclos giram constantes.

 

Como a roda fortuna, a vida.

Quem dá liga ao fato é a mente

Quem nos dá fruto é a semente

Mutantes, somos em estradas compridas.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 01032021)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...