sexta-feira, 5 de março de 2021

As máquinas dos tiranos



A equipe agora é um computador

É a nova escravidão deste mundo

Tudo muda muito a cada segundo

Só não criaram remédio para a dor,

Daquelas que os remédios físicos

Não conseguem aplacar; só aliviam

A impessoalidade do atendimento

Que nos é dispensado pelos SACs

É parecida com o ‘post’ de destaque

Frio como as máquinas dos tiranos

O sorriso largo de um mundo feliz

Como assim? Os magos explicam

A ilusão da matéria tão cotidiana

Em função de sérios algoritmos

Dançando em todos os ritmos

A oferta vai entrando no seu mundo

Tudo muda bastante num segundo

É quando a gente resolve engolir

A publicidade das coisas disponíveis

No mercado central não, na avenida

Numa escalada de evolução infinita

Cores e luzes do centro de compras

Cada um com a roupa mais bonita

Outro caminho para as nossas vidas.

A estrada é comprida...

 

 

(Cristiano Jerônimo – 05032020)


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