quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Eu faria novamente igual

 


Quiseras fazer-se mais doce

de verdade. mais que a cana

do mel de engenho, da abelha

operária que trabalha e ganha

eu não sirvo para teu destino

também não quero o desatino

de maquiar uma vida em vão

melhor o solo e os pés rachados

que a arrogância dos exaltados

eles não serão os primeiros a ir

nem serão escolhidos a chegar

não olham a ferida dos outros

escondem suas próprias chagas

e quando o dia acaba, só felizes

escondem o medo do amanhã

de acordar e estarem seguros

de novo no escuro pra clarear

quiseras ter o que não tinhas

comigo não se poupam linhas

nem histórias amenas a contar

eu sou o lado do outro e de cá

prefiro defender do que atacar

faria tudo de novo, céu estelar.

 

(CJV – 30012025)

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Querer ou não poder


Nada, para mim, ainda é muito

Tudo agora representa o nada

Muito do que eu não posso ter

Seja por querer e não ter estrada

Lembro quando parecia pouco

Mesmo quando exalava muito

Uma linha fina sempre esticava

Madrugadas curtas eram longas

Dias agitados sem seguro de vida

A idade, o organismo e o cérebro

Nada ainda era muito para mim

Tudo agora representa um nada

Não é que não queira ou é ruim

Mas é que não se pode ser assim

De qualquer maneira sem faróis

Sem retrovisores e os para-brisas

Não existe dirigibilidade de vida

- É muito mais olhar para frente

Sem esquecer o que passa detrás

Humanamente um pouco de gente

Para também se sentir mais capaz.

 

 

 (Cristiano Jerônimo – 28012025)

 

Androctonus vitae scorpions

Como a sexta-feira cobra de mim, A segunda-feira cobra também... A fatura do cartão venceu e ele voou De manhã, oferecido ele voltou. ...