segunda-feira, 13 de novembro de 2023

A sirene não vai mais tocar


Florestas nunca serão soldados

Borboletas não virarão drones

Os cometas voam sem destino

Estrela cadente não será míssil

A paz estampada no menino

Canhão transformado num sino

A sirene não vai mais tocar

Favela, um conjunto de bunkers

Não precisa mais de nome

A sirene não vai mais tocar

Na cidade, seria comunidade

Muito lixo e carbono, um luxo

Mas as potências destruindo

A camada protetora de ozônio

Nunca mais serão tão carros

O planeta não é um beisebol

O cotidiano não é americano

Apenas lutar para poder ser

O que não é e que lhe aliena

Os fuzis espalhando as luzes

Os quartéis quietos no lugar

Mas uma coisa parece certa

Florestas nunca serão soldados

Os falcões nunca vão nos atacar

Os cometas vão achar seu destino

Estrela cadente não será míssil não

A paz estampada no menino

Canhão não será mais que um sino

E as sirenes não vão mais tocar...

 

 

(Cristiano Jerônimo – 13112023)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...