Florestas nunca serão soldados
Borboletas não virarão drones
Os cometas voam sem
destino
Estrela cadente não será
míssil
A paz estampada no menino
Canhão transformado num
sino
A sirene não vai mais
tocar
Favela, um conjunto de
bunkers
Não precisa mais de nome
A sirene não vai mais
tocar
Na cidade, seria
comunidade
Muito lixo e carbono, um
luxo
Mas as potências destruindo
A camada protetora de ozônio
Nunca mais serão tão
carros
O planeta não é um beisebol
O cotidiano não é americano
Apenas lutar para poder
ser
O que não é e que lhe
aliena
Os fuzis espalhando as luzes
Os quartéis quietos no
lugar
Mas uma coisa parece certa
Florestas nunca serão
soldados
Os falcões nunca vão nos
atacar
Os cometas vão achar seu
destino
Estrela cadente não será
míssil não
A paz estampada no menino
Canhão não será mais que
um sino
E as sirenes não vão mais
tocar...
(Cristiano Jerônimo –
13112023)