As estradas do Sertão
Conhecem meus
sapatos
Minha forma
de vestir
Meu jeito tolo de andar;
A areia do
riacho seco
Não areia mais
panelas
O bacurau e
a sentinela
A noite tão clara e o negro;
As veredas
guias do gado
São
lógicas de hipotenusas
Bichos
andam em atalhos
Aqueles
mesmos que usas;
Não há
pedras de medusas
Muito
menos assombração
O vira e
mexe, acorda hora
Tempo vem
antes da aurora;
Aquela
velha saudade passou
Um outro sentimento
chegou
Tudo passa
se é fruto de paixão
Olhe a
beleza do nosso dinheiro
Comparado
ao belo singelo do mar
Disso, eu já
não preciso mais falar.