terça-feira, 4 de julho de 2023

Ponto médio da vida...


De dia, havia a luz

Chuva serenando

No jardim do ar

Longe, esse mar

Não torna a virar

Sertão; povos verão.

 

À noite, a luz fustiga

Ela existe do lado de lá

Neves que derretem

Elevando o nível do mar

Aqui, essa luz no ar

Faz a lua não naufragar.

 

No outro espaço da vida

Há uma cortina blindada

Alguma coisa escondida

Outra sorte revelada

No ponto médio da vida

Infinita é essa estrada.

 

Amanhã é o motivo de ir

Agora é outra coisa a fazer

Ver a vida em recortes sons

Ter a vida como dar um tom

Pois foi feita para esquecer

O que se revela ao partir.

 

De dia, havia a luz

Chuva serenando

No jardim do ar

Longe, esse mar

Não torna a virar

Sertão; povos verão.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 04072023)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...