sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Em dois

‘Tava’ ali no prédio
Espiando na tela
Quem eu era
Ainda no colégio.

Apareceu em rede
E me tirou do sério
Matou a minha sede
Aplacando esse tédio.

Indubitável beleza
De mulher menina,
Que pula feito gato
E some na esquina.

Aparece para mim
Outra vez e assim
Divide a felicidade,
Repartida em dois.


(Cristiano Jerônimo – 17.02.2017)

Eles não existem

O sangue que sangra frio
Num corpo de calafrios
E os clarins dos meus sinais
São os jardins das capitais.

O sangue que é transparente
É de barata, não é de gente...
A crueldade dos mouros
E a brabeza dos touros.

São lembranças de sangue
Exemplos de perdão, paz
Sem resultados no Sertão
E em Gaza, na Palestina.

Tristes homens que duelam
Sob a arrogância que exibem
Não têm outra razão revelam
Que na verdade não existem.


(Cristiano Jerônimo – 17.02.2017)



No Brasil

  A palavra que nos deram foi silenciosa O vento soprou na saia do pensamento A lua da noite e do dia surgiu e encantou A engrenagem...