Todo dia
Narciso
decide
O que é
feio ou bonito.
Com seu
reflexo
No espelho
d’água
Admira-se
e duvida.
Narcisa
tem um lago também
E sempre
cai na água
Que não
reflete o seu ser.
É Narciso
quem decide
O que é
feio ou belo
Com
sorriso amarelo.
Esqueceram
de dizer
A Narcisa que
quem ama o feio,
Bonito lhe
aparenta.
Narciso
morreu afogado
Olhando seu
reflexo
Num
espelho sem respostas.
Pensou que
morreu bonito
Mas o
narcisismo é feio
E, assim,
Narcisa ficou viúva.
Mitologicamente,
Narciso era
jovem, belo e vaidoso
Apaixonado
pelo seu reflexo no lago.
Filho do
deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope
Cortejado
por homens e mulheres,
Desprezava
as atenções lhes dirigidas.
A ninfa Echo
apaixonou-se por Narciso e ele a rejeitou
Eco pediu
a Nêmesis, a deusa da vingança,
Uma
maldição sobre o filho de Liríope.
Tal infortúnio
era que Narciso
se
apaixonasse intensamente,
mas não
pudesse possuir a sua amada.
Narciso
ficou com sede numa caçada,
Inclinou-se
para beber a água de um lago
E acabou
apaixonando-se pelo próprio reflexo.
Ao tentar
tocar a imagem que via refletida,
perdeu o
equilíbrio, caiu no lago e morreu afogado;
Verdadeiro
símbolo de vaidade e insensibilidade.
(Cristiano Jerônimo Valeriano – 21102024)