Era dentro de mim mesmo que morava a arrogância da inocência que só
alguns justos, ainda mal moldados, possuíam. O outro, os outros eram apenas
reflexos do mundo que víamos, como víamos, quando enxergávamos.
Foi dentro de mim mesmo, como um molusco marítimo que se aproveita temporariamente
das conchas para se proteger, que me livrei da minha morte anunciada e
devidamente abortada.
Será sempre dentro de mim que vou buscar a força necessária para
superar a cada dia o que basta o seu mal. O trabalho será muito mais digno e
gratificante do que apenas juntar em contas e cofres a matéria apenas.