sexta-feira, 29 de julho de 2022

Sete flechas


Salve o Senhor da Lista

Aquele que conquista

Bem mais de um olhar

O maior dos alquimistas

No éter das eras astrais

Vivendo em seu castelo

Sem muralhas de tempo

O estágio sereno da paz

Salve o Senhor do Plano

E o nosso canto cantar

Terra imaginada e longe

Onde se alcança, se amar

Salve o que impulsionar

O lado bom é não ser ruim

Nas terras molhadas da fé

Tela que é capaz na mente

Veículos sem marcha a ré

Uma turma bem contente

No terreiro dos sete ventos

Salve o Caboclo Sete Flechas

Que livre-nos dos tormentos

Ninguém pode ser condenado

Por outra pessoa em seu pensar,

A não ser nós por nós mesmos

A nossa própria consciência...

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 29072022)

 

Belicosos belicistas beligerantes


Sete homens se dispuseram a lutar pelo país

Oitocentos batalhões para dar um golpe só

A melhoria desejada que sempre se quis

Na capital do país, turva, é tão cego o nó.

 

Quais são os territórios indígenas daqui?

Enquanto diminuem as reservas da vida

O que é que nos faz mais cantar e sorrir

Viver, ser feliz, para que sarem as feridas.

 

Sem arranhões nem alardes, nova vida

Longe de covardes e mais segura, ou não

Setecentos feiticeiros para nos enfeitiçar

Quantas flores caberiam num canhão...?

 

A guerra ancestral, a paz celestial e a vida

Belicosos belicistas beligerantes emergem

São antigos, arcaicos e neoconservadores

Sempre têm a certeza quando divergem.

 

São homens de lata sem alma na veia

São seres que só valem o que comem

Que na hora do arrocho, eles somem

Jogam os jogos com regra muito feia. 



 

(Cristiano Jerônimo – 29072022)

domingo, 24 de julho de 2022

A quem mata o desenvolvimento?


Liga de argila

Barro massapê

A cana atlântica

Veredas lisas

Corte no sangue

Verde, monóxido

De carbono e água.


 

Liga de argila

Barro massapê

Feijão com arroz

Café com leite

Gado no pasto

Sol no seu juízo

Chapéu no lugar.

 

Do outro lado do mar

Lindos mangues poluídos

Braços de rios destruídos

Como a baía da Guanabara

É do tipo de você ficar de cara

Toneladas de descartes cariocas

Dos bandeirantes, massacres

Dos arrogantes, os maus ditados

Não à toa são vis e ignorantes

Por cima de um povo arrasado

Como quem é covarde, ao ponto,

De chutar um cachorro falido.

 

 

(Cristiano Jerônimo Valeriano – 24072022)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...