domingo, 24 de julho de 2022

A quem mata o desenvolvimento?


Liga de argila

Barro massapê

A cana atlântica

Veredas lisas

Corte no sangue

Verde, monóxido

De carbono e água.


 

Liga de argila

Barro massapê

Feijão com arroz

Café com leite

Gado no pasto

Sol no seu juízo

Chapéu no lugar.

 

Do outro lado do mar

Lindos mangues poluídos

Braços de rios destruídos

Como a baía da Guanabara

É do tipo de você ficar de cara

Toneladas de descartes cariocas

Dos bandeirantes, massacres

Dos arrogantes, os maus ditados

Não à toa são vis e ignorantes

Por cima de um povo arrasado

Como quem é covarde, ao ponto,

De chutar um cachorro falido.

 

 

(Cristiano Jerônimo Valeriano – 24072022)

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