Liga de
argila
Barro massapê
A cana
atlântica
Veredas
lisas
Corte no
sangue
Verde,
monóxido
De carbono
e água.
Liga de
argila
Barro massapê
Feijão com
arroz
Café com
leite
Gado no
pasto
Sol no seu
juízo
Chapéu no
lugar.
Do outro
lado do mar
Lindos mangues
poluídos
Braços de
rios destruídos
Como a
baía da Guanabara
É do tipo de
você ficar de cara
Toneladas
de descartes cariocas
Dos
bandeirantes, massacres
Dos
arrogantes, os maus ditados
Não à toa são
vis e ignorantes
Por cima
de um povo arrasado
Como quem
é covarde, ao ponto,
De chutar um
cachorro falido.
(Cristiano Jerônimo
Valeriano – 24072022)
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