sexta-feira, 22 de julho de 2022

Presidente do Brasil


O ouro do Brasil corroído

Pelo mercúrio nos rios

Governo sem sentido

Em tempos sombrios

Um pedaço de partido

Com uma tábua de frios

De fora, mil mendigos

Sentindo calafrios

O relógio fino dourado

Não tinha o tempo

Lentamente ao desolado

Uma coivara há de levar

Perdão celestial pedido

Que acabam por acabar

Não procuram o sentido

Do que é viver é cuidar

A perfeição não resiste

À maldade humana inata

A uma gente tão ingrata

Tirana, que loteia o país

“A cultura... a civilização...

elas que se danem, ou não.” *

A turma da arte quer criar

Faxinar este mundo cão

Transformar com cultura

A melhor arma é educação

Desenvolvimento social

E para onde está indo

Este barco de “sucesso”

que joga plástico no mar

O velho é atual,

“O sinal está fechado

Pra nós que somos jovens” **

Mas nós estamos indo

Indo na onda do capitalismo

E do valor do ter sobre o ser

Soa até pueril falar disso tudo

Mas é uma miséria

Que não tem fim

Meios de produção

Detentores e detidos

Preso ao trabalho (in)formal

Ele não vê nada de anormal

Armou a população nacional

Milhares de estandes de tiro

Um belicista beligerante

O retrato de um ignorante

Estampando: Presidente do Brasil.

 

(Cristiano Jerônimo – 22.07.2022)


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